terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Do meu amor


Sobre todas as coisas que falam sobre o amor, uma eu discordo.
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Quando estamos apaixonados não sentimos fome, comemos demais quando amamos.
Ficamos de cama, doentes, depressivos, às vezes chatos se não correspondidos, às vezes contentes demais com uma simples mensagem. Como se aquela mensagem de “saudades...” no meio da noite de uma quarta-feira depois de dois dias sem se falarem, fosse a coisa mais linda de se ler. (É a coisa mais linda de se ler.)
Ficamos febris, temos náuseas, dores musculares, choramos horrores dizendo a nós mesmos que essa é a última vez que nos fazem chorar. (A última vez para quem?)
Ouvimos músicas melosas, damos bom dia ao sol depois de uma noite maravilhosa ao lado da pessoa amada. Contamos os dias, as horas para o novo reencontro mesmo ainda nos braços um do outro. Alimentamos esperanças, acreditamos que vai ser para sempre. (Vai ser para sempre.)
Brigamos, falamos mal, fazemos as pazes, sorrimos, choramos, amamos. E se com tudo não der certo, olhamos um para o outro e pensamos: “Eu não morri. Sobrevivi.”
Por isso afirmo que de todas as coisas que falam sobre o amor, uma não é verdadeira. De amor não se morre, De amor se vive, renasce. E por amor nos doamos ao outro.
 Ana Cris Nunes

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