sexta-feira, 16 de março de 2012

Do meu amor (parte 2)

Basta que me enamores

Ay que me mandes flores

Para obtener un si
/Shakira/

Eu vivo insistindo comigo mesma de que sei amar, mas me pergunto todos os dias se o que sinto por ele realmente é amor. Se o que sinto não é apenas uma necessidade de ter alguém ao meu lado ou se não é apenas carência. Eu insisto em dizer que sei amar porque o quero e o desejo com todas as minhas forças, mas me pego me perguntando se isso não é só um capricho meu.
Eu vivo dizendo a ele que o amo e ele ri. Não acredita em mim e eu tento convencê-lo de que é verdade, talvez eu esteja tentando me convencer de que seja verdade.
Uma vez ele me perguntou depois de mais uma declaração no meio do nada: “Por que você me ama?” Imediatamente imaginei essas perguntas feitas por ele nas entrelinhas: ‘Por que você me ama se eu não faço nada por você? Por que você me ama se eu não correspondo a esse amor? Por que você me ama se eu não me importo com isso?’ Mas me diz: A gente escolhe de quem vai amar? É assim que acontece? Porque se for assim alguém me avisa e me ensina a amar. Eu não aprendi dessa maneira. Eu não aprendi de maneira nenhuma. Dizer por que o amo? Eu não consigo nem para mim. Só sei que ele é o que me faz sorrir mesmo depois de várias noites de sono perdido, depois de várias noites chorando por não saber onde ele estar e como estar.
E mesmo não conseguindo explicar o que sinto, eu tento. Eu o amo porque o quero bem, porque ele me faz flutuar quando estamos juntos, porque consegue despertar meus desejos mais intrínsecos, porque tem o sorriso mais lindo que já vi, porque tem o olhar mais ingênuo que conheço embora ele mesmo não seja ingênuo, porque quando está comigo sou a única, porque ele me tira o fôlego com apenas uma ligação, porque consegue me hipnotizar com sua voz altiva, porque mesmo me deixando esperar eu não consigo sentir raiva. São inúmeros motivos e mesmo assim eu não entendo nada de amar e mesmo assim insisto amando. Sei que amor não se explica, amor se sente. Talvez seja por isso que não pode ser ensinado, talvez por isso tenhamos que sofrer cada vez que amamos porque amar é aprendizado e não tem aprendizado sem erros.
Eu só queria poder sentir o mesmo dele por mim, mas mesmo não sentindo não deixo de amá-lo. Ele me faz viver mesmo que seja de uma maneira torta ou incerta, estou sendo moldada. Ele me faz sorrir com os olhos.
Cris Cajuína

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