quarta-feira, 19 de outubro de 2011

(re)aprender


“Toda vez que eu olho, toda vez que eu penso em lhe dar o meu amor, 
meu coração pensa que não vai ser possível…”
/Tim Maia/

Estou inquieta dando passos largos dentro de mim. Por tanto tempo estive sozinha que já não sei deixar-me ser amada, admirada. E ele ainda diz que sou como a brisa da manhã: leve, carinhosa e que deixo uma bagunça danada no seu coração toda vez que vou embora.
Cris Cajuína

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Carta de Despedida


Si por un instante Dios se olvidara de

que soy una marioneta de trapo y me regalara un
trozo de vida, aprovecharía ese tiempo lo más
que pudiera. Posiblemente no diría todo lo que
pienso, pero en definitiva pensaría todo lo que
digo. Daría valor a las cosas, no por lo que valen,
sino por lo que significan. Dormiría poco, soñaría
más. Entiendo que, por cada minuto que
cerramos los ojos, perdemos sesenta segundos
de luz. Andaría cuando los demás se detienen,
despertaría cuando los demás duermen.
Si Dios me obsequiara un trozo de
vida, vestiría sencillo, me tiraría de bruces al sol,
dejando descubierto, no solamente mi cuerpo,
sino mi alma. A los hombres les probaría ¡cuán
equivocados están al pensar que dejan de
enamorarse cuando envejecen, sin saber que
envejecen cuando dejan de enamorarse! A un
niño le daría alas, pero le dejaría que él solo
aprendiese a volar. A los viejos les enseñaría que
la muerte no llega con la vejez, sino con el olvido.
Tantas cosas he aprendido de
ustedes, los hombres... He aprendido que todo el
mundo quiere vivir en la cima de la montaña, sin
saber que la verdadera felicidad está en la forma
de subir la escarpada. He aprendido que cuando
un recién nacido aprieta con su pequeño puño,
por primera vez, el dedo de su padre, lo tiene
atrapado por siempre. He aprendido que un
hombre sólo tiene derecho a mirar a otro hacia
abajo, cuando ha de ayudarle a levantarse.
El mañana no le está asegurado a
nadie, joven o viejo. Hoy puede ser la última vez
que veas a los que amas. Por eso no esperes
más, hazlo hoy, ya que si el mañana nunca llega,
seguramente lamentarás el día que no tomaste
tiempo para una sonrisa, un abrazo, un beso y
que estuviste muy ocupado para concederles un
último deseo.
Mantén a los que amas cerca de ti,
diles al oído lo mucho que los necesitas,
quiérelos y trátalos bien, toma tiempo para
decirles “lo siento”, “perdóname”, “por favor”,
“gracias” y todas las palabras de amor que
conoces. Nadie te recordará por tus
pensamientos secretos. Pide al Señor la fuerza y
sabiduría para expresarlos. Demuestra a tus
amigos y seres queridos cuanto te importan.”

/Gabriel García Márquez/


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O amor é uma doença... Tem cura?

"O amor é uma doença. Eu sinto náuseas, febre, dores musculares. 
Eu acordo assustada no meio da noite. Eu choro à toa."

Toda noite ele me faz chorar e me faz chorar por ainda não ter ligado. Ele sabe que passo os dias sozinha esperando uma ligação, que se ele não liga, eu já fico pensando o que ele tá fazendo, com quem ele está, será que ela é mais divertida, mais bonita, mais inteligente? Ele não deve se importar com isso ela deve ser é mais gostosa. Minha cabeça se enche de perguntas sem respostas, meu corpo começa a se encolher na cama e meus olhos a lacrimejar. Meu pensamento durante todo o dia é nele, só nele. Eu esqueço até de mim. Mas fico também pensando por que não dou bola para o carinha da esquina? Porque não é tão interessante quanto ele, não é mais bonito e eu não sei se tem a mesma pegada (não deve ter). Porque então não dou bola para o jogador? Esse eu acho que é porque ainda não me convidou para sair, acho mesmo que ele pensa que sou doida (e ele pode ter razão). E o professor? Esse definitivamente não merece minha atenção, e não é por ser mais velho (Se bem que isso conta muito. Eu não gosto de homens ‘velhos’.) e não é velho só na idade não, é no modo de pensar, de se vestir (ele se veste como Mick Jagger, usa o cabelo igualzinho e ainda dá aquela sacudida. É brega demais). E por que eu não saio com amigos, vou ao cinema, à praia? Mais eu faço isso, juro que faço. Minhas amigas ou são casadas ou tem namorado, sempre rola aquele programa onde eu sou a única solteira e o único amigo solteiro que está na roda, está tentando voltar com a ex, uma ligação e zap. Cadê ele? Não dá tempo nem para as apresentações. Gosto de ir à praia sozinha e é bem legal isso. Vários gatinhos vêm falar comigo, passam o telefone ou o MSN, todos bonitos e geralmente são os jogadores de vôlei, lindos mesmo. Depois que eu saio, eles vão passar o telefone para a próxima garota que esta passeando com seu cãozinho pelo calçadão e eu jogo o papelzinho no primeiro lixeiro que encontro. Eu não quero só músculos, é um bando de musculosos se exibindo de sunga (Ai, meu Deus!) parecendo ‘gatinhas no cio’. Ah, eu quero músculos sim, mas não só músculos. Eu quero os músculos dele, daquele que me faz chorar todas as noites.

Outro dia um deles me perguntou: “será que não é você que espanta os homens?” Eu espantar os homens? Eu ri e ri muito depois que cheguei até a chorar. Espantar como, fiquei me perguntando. Não sou feia (Acho que não tanto quanto tanta garota feia que está por aí cheia de namorados. Isso mesmo ‘namorados’ no plural.), não sou chata (eu sei que sou um pouco, mas é só um pouquinho), não sou burra (Cara, eu leio muito e não é para parecer inteligente não, eu sou mesmo inteligente. É para adquirir conhecimentos.), sou uma mulher interessante, charmosa, atraente. Por que pocahontas eu não tenho namorado? Por que fico chorando por um cara que não quer nada comigo? Será que não estou olhando para a direção certa? Vai dizer isso para o meu coração que não é cego, é míope. Sou exigente demais? Eu fico me perguntando isso e me respondo só pode ser isso, exijo demais, mas com certeza não é dos outros e sim de mim mesma. Eu só quero alguém interessante e gente interessante tá difícil de encontrar por aí, talvez eles pensem como eu, sair para ver gente sem conteúdo, não obrigado, prefiro ficar em casa e ler um livro. Por que de adolescentes e homenzinhos se passando de machões eu quero distância.
Hoje é domingo e ele ainda não me ligou, mas ligar para quê se eu não sou sua namorada, mas bem que ele poderia ligar para saber como eu estou. Eu só quero ouvir sua voz. E que voz! Uma voz que me deixa babando de... deixa para lá. Acho que eu vou ligar, mas vou ligar para o jogador. O meu time ganhou. Pelo menos eu tenho assunto e desculpa para falar com ele. Vou deixar para chorar mais tarde. 
Cris Cajuína

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Você tem medo de se apaixonar?


“Certas coisas não se explicam. Não existem palavras que as descrevam ou soluções que as resolva. Sentimentos, gestos, sonhos e sorrisos. A alma entende e a boca cala.”
/Fernanda Mello/

Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente.
Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado.
Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente.Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam.
Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira.
Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou.
Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.
                                                                                                                                 Fabrício Carpinejar