segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O amor é uma doença... Tem cura?

"O amor é uma doença. Eu sinto náuseas, febre, dores musculares. 
Eu acordo assustada no meio da noite. Eu choro à toa."

Toda noite ele me faz chorar e me faz chorar por ainda não ter ligado. Ele sabe que passo os dias sozinha esperando uma ligação, que se ele não liga, eu já fico pensando o que ele tá fazendo, com quem ele está, será que ela é mais divertida, mais bonita, mais inteligente? Ele não deve se importar com isso ela deve ser é mais gostosa. Minha cabeça se enche de perguntas sem respostas, meu corpo começa a se encolher na cama e meus olhos a lacrimejar. Meu pensamento durante todo o dia é nele, só nele. Eu esqueço até de mim. Mas fico também pensando por que não dou bola para o carinha da esquina? Porque não é tão interessante quanto ele, não é mais bonito e eu não sei se tem a mesma pegada (não deve ter). Porque então não dou bola para o jogador? Esse eu acho que é porque ainda não me convidou para sair, acho mesmo que ele pensa que sou doida (e ele pode ter razão). E o professor? Esse definitivamente não merece minha atenção, e não é por ser mais velho (Se bem que isso conta muito. Eu não gosto de homens ‘velhos’.) e não é velho só na idade não, é no modo de pensar, de se vestir (ele se veste como Mick Jagger, usa o cabelo igualzinho e ainda dá aquela sacudida. É brega demais). E por que eu não saio com amigos, vou ao cinema, à praia? Mais eu faço isso, juro que faço. Minhas amigas ou são casadas ou tem namorado, sempre rola aquele programa onde eu sou a única solteira e o único amigo solteiro que está na roda, está tentando voltar com a ex, uma ligação e zap. Cadê ele? Não dá tempo nem para as apresentações. Gosto de ir à praia sozinha e é bem legal isso. Vários gatinhos vêm falar comigo, passam o telefone ou o MSN, todos bonitos e geralmente são os jogadores de vôlei, lindos mesmo. Depois que eu saio, eles vão passar o telefone para a próxima garota que esta passeando com seu cãozinho pelo calçadão e eu jogo o papelzinho no primeiro lixeiro que encontro. Eu não quero só músculos, é um bando de musculosos se exibindo de sunga (Ai, meu Deus!) parecendo ‘gatinhas no cio’. Ah, eu quero músculos sim, mas não só músculos. Eu quero os músculos dele, daquele que me faz chorar todas as noites.

Outro dia um deles me perguntou: “será que não é você que espanta os homens?” Eu espantar os homens? Eu ri e ri muito depois que cheguei até a chorar. Espantar como, fiquei me perguntando. Não sou feia (Acho que não tanto quanto tanta garota feia que está por aí cheia de namorados. Isso mesmo ‘namorados’ no plural.), não sou chata (eu sei que sou um pouco, mas é só um pouquinho), não sou burra (Cara, eu leio muito e não é para parecer inteligente não, eu sou mesmo inteligente. É para adquirir conhecimentos.), sou uma mulher interessante, charmosa, atraente. Por que pocahontas eu não tenho namorado? Por que fico chorando por um cara que não quer nada comigo? Será que não estou olhando para a direção certa? Vai dizer isso para o meu coração que não é cego, é míope. Sou exigente demais? Eu fico me perguntando isso e me respondo só pode ser isso, exijo demais, mas com certeza não é dos outros e sim de mim mesma. Eu só quero alguém interessante e gente interessante tá difícil de encontrar por aí, talvez eles pensem como eu, sair para ver gente sem conteúdo, não obrigado, prefiro ficar em casa e ler um livro. Por que de adolescentes e homenzinhos se passando de machões eu quero distância.
Hoje é domingo e ele ainda não me ligou, mas ligar para quê se eu não sou sua namorada, mas bem que ele poderia ligar para saber como eu estou. Eu só quero ouvir sua voz. E que voz! Uma voz que me deixa babando de... deixa para lá. Acho que eu vou ligar, mas vou ligar para o jogador. O meu time ganhou. Pelo menos eu tenho assunto e desculpa para falar com ele. Vou deixar para chorar mais tarde. 
Cris Cajuína

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